C40 e Siemens escolheram as líderes
postado em: 27/09/2013 15:50 h
atualizado em: 27/09/2013 15:59 h
As
cidades estão dando um salto importante, afastando-se da lenta
burocracia dos governos nacionais e criando mais ambientes para uma vida
sustentável.Este ano, a organização C40 (Cities Climate Leadership Group) e a Siemens escolheram 10 cidades líderes em transporte urbano, planejamento e medida de emissões de carbono, edifícios energeticamente eficientes, qualidade do ar, energia verde, adaptação, comunidades sustentáveis, gestão de resíduos, infraestruturas eco-inteligentes e finanças e desenvolvimento econômico.
Os projetos considerados foram escolhidos tanto entre os membros do C40, como entre as 120 cidades incluídas em seu Índice de Cidades Verdes. Um júri de 7 membros independentes, formado por prefeitos, arquitetos e representantes do Banco Mundial, da Siemens e da C40, elegeu os projetos das cidades ganhadoras nestas 10 categorias:
Transporte Urbano: Bogotá (Colômbia)
TransMilenio, o sistema BRT (Bus Rapid Transit), foi lançado em 2000 para transportar mais de 70% da população de Bogotá. Como resultado disso verificou-se uma redução anual de 350.000 toneladas de emissão de CO2. Agora a cidade está trabalhando na substituição da frota de ônibus diesel por veículos híbridos e elétricos, com o objetivo de alcançar 100% da frota em 2024. Bogotá também lançou um projeto piloto de táxis elétricos e comprometeu-se a converter 50% de seus táxis nos próximos 10 anos.
Medida e planejamento dos emissores de carbono: Copenhague (Dinamarca)
O Plano do Clima 2025 de Copenhague põe a cidade no caminho de ser a primeira capital mundial neutra em emissões de carbono. Este plano inclui o objetivo de diminuir o consumo de energia em edifícios comercias em 20%, em residências 10%, e em 40% para edifícios públicos. A iluminação pública utilizará 50% menos energia e todo o sistema elétrico da cidade será abastecido por fontes renováveis em 2025.
Edifícios energeticamente eficientes: Melbourne (Austrália)
Melbourne idealizou alguns edifícios sustentáveis que convencem os proprietários e gestores a melhorar a eficiência no uso da energia e água, além de reduzir o desperdício ao mínimo. O governo municipal fixou o objetivo de reduzir as emissões de carbono do setor comercial em 25% e do residencial em 20%. A cidade alcançará isto graças às normas ambientais para novos edifícios, assim como pelos incentivos financeiros e consultoria para melhorar e reabilitar os edifícios já existentes. O projeto, batizado de 1200 Edifícios, foi projetado para incentivar a reabilitação de 1200 edifícios comerciais, número que corresponde a 70% do total existente.
Qualidade do ar: Cidade do México (México)
A Cidade do México lutou durante décadas com a qualidade do ar. Em 1992, as Nações Unidas nomearam-na como a cidade mais contaminada do planeta. Porém uma série de planos denominados ProAire ajudaram a cidade a diminuir sua sempre presente névoa de poluição e reduzir as emissões de carbono em 7,7 milhões de toneladas entre 2008 e 2012. Para alcançar este objetivo, a cidade tomou medidas agressivas, incluindo o fechamento das fábricas que mais contaminavam e a proibição do uso de carros um dia por semana na área metropolitana.
Energia verde: Munique (Alemanha)
Em 2009 Munique determinou o objetivo de alcançar 100% do fornecimento de energia através de fontes renováveis (cerca de 7,5 bilhões de kWh por ano) até 2025. A companhia de fornecimento Stadtwerke München (SWM), administrada pela cidade, mudou seu foco para projetos de eficiência e autossustentáveis. Água, geotermia, solar, biomassa e eólica foram a base da estratégia da SWM.
Adaptação e resiliência: Nova Iorque (Estados Unidos)
O furacão Sandy produziu uma onda tormentosa de 14 pés sobre a cidade de Nova Iorque, inundações nas estações de metrô e a paralização do fornecimento de energia elétrica e das redes de transporte público. Seis meses depois, a cidade lançou seu plano “Uma Nova Iorque Mais Forte e Resiliente”, que inclui mais de 250 iniciativas para proteger sua costa e fortalecer seus edifícios, além dos sistemas vitais que dão suporte à cidade, como a rede elétrica, sistemas de transporte, redes de telecomunicação, saúde pública e fornecimento de alimentos e água. O plano está em sua primeira fase, orientada à resistência dos edifícios e da infraestrutura energética.
Comunidades sustentáveis: Rio de Janeiro (Brasil)
Um censo de 2010 revelou que 22% da população do Rio de Janeiro vive em assentamentos precários ou em favelas. A maior parte desta população carece de saneamento adequado ou normas de edificação. O programa “Morar Carioca” procura proporcionar um desenvolvimento integrado e serviços para incorporar essas áreas dentro das comunidades que geralmente rodeiam. O governo tem como objetivo normalizar todas as favelas em 2020 e melhorar as condições de vida de mais de 232.000 residências.
Gestão de resíduos: São Francisco (Estados Unidos)
O programa “Zero Resíduos” de São Francisco evitou levar a lixeiras 80% de seu lixo, separando-o em resíduos recicláveis, compostáveis e lixo em 2010, frente a 35% em 1990. No ano passado, a cidade recolheu 428.048 toneladas de lixo, o registro mais baixo de sua história. A reciclagem obrigatória e a compostagem aumentou o recolhimento de resíduos orgânicos em 50%, para alcançar mais de 600 toneladas por dia, mais que qualquer programa de compostagem do país.
Infraestruturas eco-inteligentes: Singapura
Singapura carece de espaço e possui uma explosão da população urbana, uma combinação que tornou a gestão do tráfego um grande desafio. A cidade-estado pôs em prática um Sistema de Transporte Inteligente unido a outras iniciativas que incluem transporte público gratuito nas horas de pico pela manhã, um sistema de cotas de veículos e um sistema de transporte público extensivo. Singapura também possui um sistema eletrônico de cobrança em estradas, que varia os preços conforme o fluxo de tráfego.
Finanças e desenvolvimento econômico: Tóquio (Japão)
Tóquio lançou em 2010 o primeiro programa urbano do tipo Cap & Trade (limite e negociação) que requereu a redução das emissões de comércio, governos e da indústria por meio de medidas de eco-eficiência ou participação no esquema de comércio de emissões. Neste programa, o limite de emissões foi fixado em 6% para o primeiro período de 2010-2014. Em seu primeiro ano, os 1.159 participantes possibilitaram a redução das emissões em 13%. Os informes finais de 2012 mostram 23% de redução das emissões em relação ao ano 2000.
Qualquer um destes exemplos podem inspirar mudanças em nossas cidades. No Brasil, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo pertencem ao C40.
fonte:
http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/915/As-10-cidades-que-lideram-em-sustentabilidade-urbana.aspx
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